terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Em 2016 algumas cidades devem votar em cédulas de papel

Uma notícia um tanto quanto difícil de ser entendida começou a ser divulgada no fim da tarde desta segunda-feira (30), o fim do voto eletrônico em algumas cidades no país. Sim, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) explicou que não terá dinheiro para comprar e fazer a manutenção das urnas eletrônicas.

A nota menciona ainda que o governo federal irá repassar à Justiça Eleitoral mais de R$ 428 milhões, valor que segundo o TSE é insuficiente para a realização das eleições e para a manutenção e reposição de algumas urnas. Segundo o Tribunal, no Brasil são mais de 532 mil urnas, e cerca de 100 mil apresentam defeitos. Ainda segundo a entidade, um processo de aquisição de novas urnas está em andamento e a contratação deve ocorrer até final de dezembro, uma despesa estimada em R$ 200 milhões.

A verdade é que a possibilidade do voto ser em cédula, nas eleições do ano que vem, tem mais um propósito de chantagem do que um retrocesso. Isso porque essa medida não seria adotada em todo o país, apenas algumas cidades ou localidades sofreriam essa alteração.

O que chama, ainda mais a atenção é que em 2012, a Justiça Eleitoral prometia uma redução de R$ 20 bilhões com a implantação do voto biométrico, inclusive cidades da região da grande Florianópolis passam por esse cadastramento. E a pergunta que fica é: Onde está o dinheiro desta economia prometida há três anos? A verdade é que o TSE se equivocou ao anunciar essa medida, e o que deveria ter feito é o que todos nós estamos fazendo, economizar.

Esse fato é importante para voltarmos discutir a questão de o país ter eleições de dois em dois anos. Relembramos que em maio deste ano, a Câmara dos Deputados discutia esse assunto, inclusive propondo que em 2016 não tivesse pleito, e os prefeitos e vereadores eleitos em 2012 permanecessem até 2018 nos cargos, quando ai sim os eleitores teriam que escolher sete candidatos, iniciando a eleição geral no país.

Porém a proposta foi rejeitada, os partidos mais uma vez pensaram nos interesses próprios, e tudo continua como está, a cada dois anos, milhões de reais são gastos com eleições, algo que poderia ser evitado se fossem bem planejado.