As planilhas foram apreendidas em 22 de fevereiro, na 23ª fase da Lava-Jato, apelidada de Acarajé. Os documentos estavam com Benedito Barbosa Silva Júnior, presidente da empreiteira.
Entre os políticos que aparecem na relação, dos possíveis repasses, então os nomes de Raimundo Colombo, do PSD, governador do Estado; Cesar Souza Júnior, do PSD, prefeito de Florianópolis; Antonio Ceron, ex-deputado e atual presidente do PSD; Carlito Merss, do PT, ex-deputado e ex-prefeito de Joinville; Roberto Carlos de Sousa, do PSDB, prefeito de Navegantes e Jaison Cardoso, do PSDB, prefeito de Imbituba.
Documento Polícia Federal | Página 12, onde aparece a citação do nome do prefeito de Imbituba Jaison Cardoso |
Na página 12 do inquérito da Polícia Federal, aparece o nome de Jaison, com um codinome de “surfista”, o suposto repasse é numerado no valor de R$ 300 mil. Segundo a Polícia Federal, os respectivos valores que teriam sido pagos, não significam que exista alguma ilegalidade nos eventuais repasses. Mas implicarão em desdobramentos jurídicos e políticos.
Segundo o site Política Aberta, nas eleições de 2012, Jaison declarou ao TRE – Tribunal Regional Eleitoral, que recebeu R$ 32.285,50 mil em doações, deste montante, todos de pessoas físicas. Os principais doadores foram; José Roberto Martins, ex-prefeito de Imbituba, atualmente filiado no PP e João Batista Coelho Júnior, jornalista que já atuou como chefe do departamento de Comunicação da Prefeitura Municipal de Imbituba.
Fonte: Política Aberta | Relação dos doadores na campanha de Jaison Cardoso nas eleições de 2012 |
Ainda no fim da tarde desta quarta, Jaison publicou nota de esclarecimento em sua rede social, mencionando que desconhece esse possível repasse. “Esclareço a todos que não recebi nenhuma verba, para nenhum fim, da empresa Odebrecht, seja como candidato, prefeito ou pessoa física, bem como não conheço ninguém desta empresa. Ressalto ainda que a empreiteira nunca teve nenhum contrato com a prefeitura de Imbituba...”
A prefeitura de Florianópolis, em nota, declara que o município não tem nenhuma relação contratual com a referida empreiteira e que o prefeito Cesar Souza Júnior, não reconhece as doações da referida empresa.
O governo do Estado esclarece, através de nota, que desde 2011, período do atual governo, a Odebrecht não tem, em Santa Catarina, nenhum contrato e não executou nenhuma obra pública.